sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Fim dos tempos no envase!

Trabalhava no turno da madrugada das 23:00 até as 07:00 quando o telefone tocou por volta das 13:00 me mandando vir a tarde para resolver um assunto. Pegava o ônibus na rua Treze de Maio entre Sinimbu e Júlio de Castilhos e quando embarquei ví também alguns colegas que logo divulgaram que o pessoal da manhã foi todo demitido. Fiquei surpreso e calado dentro da van esperando a hora derradeira. Como dizia meu coordenador "ninguém é eterno em uma empresa" mas me lembrei da música dos Serranos onde diz " o boi é bicho mas tem alma sobre o couro". Afinal foram dez anos onde algumas coisas já eram automaticas na sua vida, e sem falar no vinculo e afeto que acabamos tendo com os colaboradores, mas na realidade a empresa visa o lucro e conforme explicado por um gerente corporativo naquela situação, já não valia mais a pena se gastar com frete dos insumos como açucar, preformas PET e tampas até Farroupilha. Uma parte da produção era deslocada para Porto Alegre, então se resolveu centralizar tudo lá com a ampliação das linhas de produção. Foram demitidos 80 funcionários salvando-se um supervisor da manutenção que foi transferido para Porto Alegre e uma pequena equipe de sete funcionários que ficaram atuando com a sopradora na fabricação de garrafas para uma unidade de água mineral. Era uma hora triste mas que tinha que ser superada com a abertura de uma porta em outro lugar para se construir uma nova história.

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