quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Dias de luta!

Foto - Enchente em Três Coroas
E agora eu me encontrava ali em uma cidade pequena desempregado com minha família e com a missão de reverter o quadro. Minha primeira ação foi me dedicar a procurar emprego pela região do Vale do Paranhana e Vale dos Sinos para ficar perto da família, pois meu filho ainda tinha que concluir o último ano do segundo grau e o curso técnico em eletronica em uma escola estadual. Mandei currículo para várias fábricas do setor calçadista na área de gestão da produção, como supervisor ou analista. Também mandei para uma metalurgica que fabricava componentes para calçados, mas ninguém me chamava. Também fazia contatos por telefone mas nada retornava positivamente. Meu casamento também não ia bem pois brigava muito com minha mulher. Ela foi muito companheira arranjando um emprego de atendente de padaria em um supermercado da cidade. Nesse periodo ainda escapamos por um triz de uma inundação em época de chuva. Minha filha de onze anos ia de bicicleta para a escola pois a cidade favorecia o referido transporte com uma ciclovia na avenida principal. O tempo ia passando e eu lutava contra ele para sobreviver naquele local pelo menos até o "gurí" se formar. Me ocorreu que por ter cursado até o quinto semestre eu poderia dar aula no contrato emergêncial do estado em alguma matéria de exatas (matemática, física e outras). Ficava atento aos editais do site da secretaria de educação e ia várias vezes até acidade de São Leopoldo que ficava uns 40 km abaixo de sol, chuva e frio a bordo da "La querendona", minha fiel motocicleta 250 cc.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

A demissão!

...logo após os dois colegas se dirigirem para o "abate", chegou a minha vez. Um dos coordenadores que aliás não nunca me aspirou confiança me convidou para ir a sala dos gerentes. Chegando lá o gerente do envase, gerente geral da unidade e mais um dos coordenadores me esperavam com um discurso pronto. Crise, redução de quadro, baixa no consumo e outros blas-blas-blas. A promessa de me chamarem de novo em caso de melhora no quadro (promessas demais). Quem fez essa promessa não continuou mais na empresa, pois fiquei sabendo que tempos depois foi a vez dele. Alguns acontecimentos me fizeram conjecturar explicações para o ocorrido. Não era interesse dos dois coordenadores que eu e os colegas demitidos ficassem na empresa, pois eramos estudantes de curso superior em um bom andamento, quase com perfil de cargo desejado para ocupar futuras posições de gerência de unidades cervejeiras. O gerente de envase veio de fora e nunca nem sequer avaliou ninguém parecendo até querer colocar um time renovado constituido talvez por pessoas das empresas por onde trabalhou. Outra coisa que me incomodou foi a contratação de uma pessoa para integrar o time de gestão faltando pouco para nos demitirem confirmando a hipotese da tal renovação. E o que me deixou mais decepcionado foi o fato de o gerente nem saber direito meu perfil de cargo me confortando com um incentivo dizendo que já que eu tinha duas graduações eu não ia me apertar para arranjar outro emprego. Ora, faltavam ainda uns dois anos para me formar em Engenharia de Produção enquanto que os dois coordenadores, um ainda estava começando a mesma graduação e o outro contava que tinha umas cadeiras cursadas em São Paulo e que não foram aproveitadas aqui nas faculdades do estado (extranho).
Enfim não adiantava questionar muito e sim aceitar os fatos e partir para o novo cenário.