terça-feira, 8 de novembro de 2011

"Ainda sou estudante da vida que eu quero dar"...

Foto - Eletricista em ação
Permaneci trabalhando por uns dias sem viajar  na oficina elétrica da incrível fábrica de máquinas de envase de bebidas em Bento Gonçalves, quando resolvi definitivamente abandonar o ramo. Pedi demissão e agradeci muito a oportunidade, pois foi uma grande experiência. Fiz questão de cumprimentar a todos na fábrica que me apoiaram em especial ao mestre Jair da elétrica que foi muito legal comigo. Desejei uma boa sorte ao Artur filho do Sr Antonio e também ao Kiko que também cedeu um colchão na sua casa para que eu pudesse ficar uns dias. Pedi demissão e optei por trabalhar  na área de manutenção elétrica em Caxias do Sul em uma fábrica de fios. De volta as origens depois de alguns anos afastado da área de manutenção elétrica. Apesar de ter cursado elétrica no SENAI resolvi buscar atualização fazendo um curso técnico na escola estadual EETCS aqui de Caxias. Com algum aproveitamento das cadeiras cursadas da engenharia pretendo obter meu registro técnico em mecânica rapidamente. Talvez um dia termine a engenharia. Minha moto Twister "La Querendona" iria descansar um pouco e voltaria a morar na minha casa na movimentada Antonio Broillo. Minha menina Mônica voltaria a estudar na escola em que começou em Caxias antes de irmos para Parobé revendo velhas amiguinhas. O Marcelo poderia botar em prática o que aprendeu no curso técnico em eletrônica do CIMOL em uma empresa de controles eletrônicos de temperatura. Sílvia como sempre meu anjo, braço direito e que me deu sorte, largando meu currículo na portaria da empresa em que trabalho hoje. Minha meta hoje é ser feliz todo dia ao lado de minha família baseando em alguns valores e sem  nenhuma receita mágica. Muito amor, honestidade, integridade, trabalhismo, alegria, servir e valorizar cada momento. Não perca tempo na vida implicando com os outros.Tire um pouco a busanfa de seu carro para dar uma caminhada , pois seu lado animal de vez em quando precisa tomar sol. Veja bem quem realmente é seu amigo na vida e é claro muito protetor solar como diz o Bial naquela música! He-he! Dedico este post também aos meus pais que me apoiaram muito nessa volta e a minha querida e amada esposa Sílvia por estar ao meu lado nesses vinte anos de caminhada. Finalizo minhas postagens nesse blog já pensando em abrir outro sobre  assuntos mais abrangentes e relacionados com meu dia a dia e minha área atual de trabalho. Divulgarei quando abrir. Minha área de downloads ainda estará disponível com vários trabalhos de engenharia. Até mais pessoal!

Fim da linha!

 Foto - Aeroporto Guarulhos
Ainda com alguma coisa por terminar em Caxambu, aproveitei um pedido de passagem do Álvaro para o sul junto a turma da assistência técnica lá de Bento Gonçalves. Após um telefonema ele veio com a notícia e depois de um bom tempo em solo mineiro voltaria para casa. Estava precisando me encontrar e saber quem eu realmente era, e se realmente eu pretendia continuar como montador de linhas de envase. Se valia  a pena viver viajando e se financeiramente compensava. Minha menina estava apenas com onze anos, meu guri Marcelo estava se formando na escola técnica Cimol e era chegada a hora da família se reunir em Caxias do Sul conforme o planejado. Foram três anos entre minha atuação na gestão de equipes de envase em uma cervejaria em Igrejinha e minhas idas e vindas pelo Brasil e Bento Gonçalves montando linhas de envase. Queria ficar mais perto da família e por isso decidi embarcar com Álvaro que me deu uns bons conselhos. Precisava escrever minha história em outras dimensões, em outros segmentos e quem sabe talvez voltar a estudar. Então fomos levados de carro pela empresa administradora do parque das águas de Caxambu em uma viajem de quatro horas até o aeroporto de Guarulhos onde pegamos o avião de volta para casa. Deixei por lá grandes amizades as quais nunca vou esquecer. Andaram me apelidando por lá de "Professor" talvez por terem visto o Balin me chamar assim. Até futebol em grama sintética com a turma do restaurante do Dedeco saiu. Dedeco grande flamenguista e fã do Petkovic! Para a querida Andrea, Lucia, Bruno, Junior, Chico, Dedeco e suas famílias o meu muito obrigado pelo carinho recebido. 

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

"O Mago do Sopro"


Video - Sopradora linear de garrafas PET

As tarefas estavam sendo concluídas restando o "start" das sopradoras de garrafas PET e para isso o Álvaro estava lá para ajustar o processo, regulagem de temperaturas das zonas de aquecimento, pressão de pré-sopro e transferência de garrafas. Ele já tinha feito esse trabalho várias vezes e também entendia de embaladoras e alimentador de garrafas PET. Já no seus quarenta e poucos anos  não via a hora de encaminhar a aposentadoria para cuidar de sua propriedade rural no interior do Rio Grande do Sul. O sonho de um Gaúcho. As maquinas eram construídas por uma empresa Argentina em parceria com a empresa onde eu trabalhava. Diferente do que estava acostumado a ver nas empresas de envasamento onde tinha trabalhado. Ao invés do carrocel com vários moldes, apenas o trem conduzindo as pré-formas dentro do túnel de aquecimento com lâmpadas e finalizando no molde com o bico de 40 Bar insuflando ar para dar forma a garrafa. Um processo lento, mas para aquela demanda duas maquinas dariam conta. Ainda havia o silo de armazenamento de garrafas que iria ser colocado em funcionamento mais tarde. Os sensores da acúmulo nesse trecho entre sopradoras e enchedora foram instalados por mim e faltavam mais uns quatro motores do transporte aéreo que pretendia finalizar logo. O "Mago do Sopro" apelidado carinhosamente por mim dava os ajustes finais e no final do dia, já no hotel preparava o chimarrão de erva boa para lembrar o sul mantendo a tradição. O fim d'aquela missão estava próximo.

"Sonhei com Jorge Amado em plena Caxambu
 Procurando incansavelmente por sua Gabriela
E pelas ruas do trançador um guri com sua pipa
Imaginava la no céu um grande aeroplano um dia pilotar 
Uma moda de viola Junior e Chico entoavam 
E tão de repente para meu espanto saía um vanerão...
...churrasco com chimarrão, fandango trago e mulher
é disso que o velho gosta é disso que o velho quer.
Caxambu das fontes e da escadaria da igreja...
...Caxambu por acaso."


De minha autoria e de forma singela esse pequeno verso para exaltar essa pequena cidade que me ensinou muito sobre a vida. Estou pensando encerrar este blog, porque já não trabalho mais na área de envase e o tempo já faz distante essa época,  por isso pretendo postar mais alguma coisa encerrando. Até mais amigos!





quinta-feira, 22 de setembro de 2011

"O Monge e o Eletricista"

Foto - Sala envase


Era chegada a hora do Hondurenho Ruben brilhar, corrigindo falhas e ajustando a passagem de garrafas pela enchedora na sala de envase. Sempre concentrado e com o seu portunhol comentando que "Don Arthur não me contesta in telefono". As garrafas PET compradas já sopradas eram colocadas na linha manualmente pela equipe de produção. Já não se fazia mais necessária a presença do Anderson e Balin e ambos tomaram rumo de volta para Bento. Balin poderia tratar de seu dedão polegar do pé, pois em cada cidade que trabalhava deixava um pedaço na calçada quando andava de chinelo de dedo. Sujeito desastrado, mas ia sentir falta do chimarrão preparado por ele todas as manhãs. Meu trabalho agora seria instalar os sensores de acûmulo de garrafas no transporte aéreo de garrafas saindo da sopradora e ligar alguns periféricos da mesma como o elevador de preformas e os compressores 40 bar. As sopradoras eram diferentes das que eu conhecia nos tempos em que fazia parte da produção. Eram lineares e de baixa produtividade, mas para aquela demanda era o suficiente. Nessa etapa contavamos com mais um "mago" vindo de Bento. O Álvaro com seus anos de experiência com instalação de maquinas de envase de bebidas. Já tinha ido para diversos lugares do Brasil e para fora do País para instalar maquinas. Mais um "monge", concentrado, sério e disciplinado para agregar seu talento àquele trabalho. Estava chegando perto de ir embora, muita coisa havia sido feita e a linha de envase mesmo com abastecimento manualmente com garrafas já estava produzindo. As vezes ficava olhando para a tela da cerca entre a empresa e uma fonte do parque pensando nos momentos vividos até alí. "Nada é por acaso..." ...Caxambu por acaso.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

"Extrangero in Caxambu"

Foto - Programando inversores

De volta ao sul de Minas corríamos contra o tempo para entregar o mais rápido possível a parte de envasamento d'agua mineral deixando talvez a parte de sopro de garrafas PET e transporte aéreo das mesmas para um outro momento. Não contei ao Escadinha motorista de empilhadeira e amigo que a pinga (cachaça) Mineira que ele meu deu, foi apreendida no aeroporto com minhas bagagens de mão. Frustrante! Como era de costume pela manhã juntávamos as moedas para o Pacotinho comprar o pão de queijo na padaria da esquina para o lanche das nove da manhã. O Pacotinho era um cara muito legal e um grande torneiro tendo grande papel na confecção de roscas na tubulação de ar comprimido. Alguns personagens novos passaram a fazer parte dessa fase da montagem como um soldador vindo de Sertãozinho SP para nos ajudar na montagem da tubulação do ar e o Hondurenho Ruben. Ruben era o um engenheiro mecânico que fazia a parte de ajustes na passagem de garrafas na enchedora e falava o portunhol, o que facilitava nossa comunicação. Tinha já como eu trabalhado em grandes fabricantes de bebidas na América Central. Era muito discreto e concentrado e lembrava certas vezes um monge. Por várias vezes durante essa etapa da missão ele foi meu guru e conselheiro em momentos  difíceis. É bom contar com pessoas centradas quando se está longe de casa e quando as vezes se tem dificuldade para lidar  com conflitos dentro de seu próprio grupo de trabalho. O soldador de Sertãozinho  teve uma participação rápida e acabou ficando poucos dias. Em uma das conversas dele me confessou que tinha uma queda por sua sogra que morava em São Paulo. Argh! Fuja Louco!

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Bate - Volta para o sul do mundo.

Depois de quase um mês em Caxambu recebos a notícia de que iriamos para casa. Os trabalhos ainda não estavam terminados faltando pouco para deixar parte da linha de envase funcionando. Imaginei que iriamos para casa e outra equipe viria para dar continuidade. Eu e meus colegas levantamos suspeitas quanto a demora para nos mandar para casa. Tudo levava a crer que a jogada foi pegar uma promoção nas passagens aéreas nos fazendo esperar mais de uma semana depois do feriado da Páscoa. Enfim conseguimos um motorista da empresa em que estavamos trabalhando para nos levar a São Paulo até aéroporto de Guarulhos. Não viamos a hora de chegar em casa e descendo a serra desembocariamos próximo ao santuário de nossa senhora aparecida. No caminho matei a saudade e tomei um sorvete no rancho da pamonha na via dutra. Fazia uns vinte anos que não via aquele oasis no meio do asfalto. A última vez foi quando meu pai era caminhoneiro. Chegando em Porto Alegre, Edmilsom, outro motorista da empresa para qual trabalhavamos lá de Bento nos esperava. Ele me deixou em Taquara para rever e matar a saudade da Sílvia, Mônica e Marcelo e após levou os outros dois para Bento. Era sábado e seria maravilhoso se pudesse ficar uma semana com a família, mas o lider da equipe orientou para que me apresentasse na segunda. Aproveitei ao maximo cada momento com um bom churrasco em família e durante a madrugada de segunda para domingo me mandei para Bento Gonçalves com um frio de cinco graus em cima de minha moto Twister "La Querendona". Chegando lá tive a decepção de não encontrar meus colegas de viagem conforme o combinado e ainda fiquei sabendo que na terça já iriamos de volta para Minas Gerais. O dois não vieram trabalhar de manhã e eu tive que acordar de madrugada enfrentando um frio para chegar no horário combinado. "Quanto mais conheço os homens mais admiro os cães!". Pensei em largar tudo, mas tinha minha honra em jogo de ir até o fim daquela missão de deixar a fábrica em Caxambu funcionando. Pelo menos a parte do envase dágua.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Caxambu e suas fontes d'agua.

Foto - Fontes no Parque Das Águas em Caxambu.

 Durante minha estadia  em Caxambu, apesar de muito trabalho, por várias vezes matei minha sede em uma das 12 fontes dentro do  Parque das Águas. Durante o expediente saia de dentro da fábrica situada dentro do parque com uma garrafinha PET 600 ml e  procurava a mais adequada para o dia, pois cada uma tinha sua característica em meio a uma natureza exuberante  entre bosques, jardins e alamedas de grande beleza paisagística. O parque com cerca de 210.000m2 conta com 12 fontes de águas minerais, gasosas e medicinais, com propriedades diferentes umas das outras. Conta a história que  a Princesa Isabel que em 1868, junto com seu marido, o Conde d’Eu, foram atraídos para a cidade de Caxambu no Sul de Minas pela enorme fama de suas águas minerais curativas. A Princesa Isabel queria ser curada de sua infertilidade. Como algumas das Fontes de Água Mineral são ricas em ferro, a princesa então curou sua anemia, conseguindo engravidar e presenteou a cidade com a Igreja de Santa Isabel. Até hoje conto aqui pelo sul que bebi água gaseificada direta da fonte em Caxambu e poucos acreditam. Só conhecendo esse lindo lugar!

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Movimentação na cidade!


Foto - Carro  que iria ser exposto em encontro de automóveis antigos


Em meio aos trabalhos nos deparamos com uma novidade na cidade. Ao menos para nós forasteiros naquele distante lugar. Um encontro de carros antigos aconteceria nas dependências do parque onde estávamos trabalhando. Aconteceria no fim de semana, mas já na sexta-feira já tinha gente hospedada no hotel em que estávamos para expor seus carros antigos.Logo na saída para o trabalho me deparei com um Mustangue e tratei de tirar uma foto para a posteridade. Os dias eram longos com a jornada das 07:30 até 20:00 as vezes. Logo descobrimos que no bar do hotel a Marina, uma funcionária do estabelecimento fazia uma excelente caipirinha com uma pinga local (cachaça chamada pelos Mineiros).As vezes, de vez em quando, parávamos por ali no fim do expediente para tomar uma. E por falar em cachaça o "Escadinha" tinha me prometido uma garrafa de fabricação local para mim levar para o sul quando fosse embora. Não iria esquecer de cobrar essa! Mas nem só de cachaça vive o homem e em Caxambu o que regia eram as fontes de água mineral em que falarei em outra postagem. Era em uma delas que abastecia meu "cantil" e botava a gelar no meu frigobar, todo fim de tarde, misturado aos nativos do local e no meio da fila esperando pela vez. A simplicidade era o charme daquela cidade.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Lindas donzelas nas janelas...


Foto - Donzela na janela do solar.

Os dias se passavam em Caxambu e nós a quase um mês naquela pequena cidade ficávamos atentos aos detalhes e novidades daquele lugar. Em alguns horários saíamos para exploração como se fossem viajantes do tempo colhendo informações sobre o lugar. Haviam vários hotéis onde os Cariocas, Paulistas e Mineiros que preferiam o ar do interior se hospedavam durante os feriados. Havia uma Igreja Católica no alto do morro onde o acesso era por uma escadaria bem extensa e que não era muito aconselhável passar  durante a noite. Achei no centro uma loja de venda de licores de vários sabores. Muito bom! Comprei de pêssego, nózes e casca de laranja. Artesanal e feito no capricho pelo Mineiro. Outro programinha alternativo e legal era o café com pão de queijo nas padarias locais. Uma especialidade daquele povo Mineiro. Ao lado do hotel em que estávamos hospedados tinha uma casa com um vulto sempre presente na janela defronte para a rua. A passagem era obrigatória pois estava no caminho do parque onde ficava a fábrica. Logo  ficou claro que era uma presença feminina. O que seria aquela presença pontual? A dona da casa cuidando o movimento? Algum empregado? A filha? Alguém solitário contemplando a paisagem e pensando na vida? Ao passar por uma loja de artesanato local vi uma estátua em forma de uma mulher debruçada sobre uma janela. Logo vi que se tratava apenas de uma obra de arte de bom gosto colocada pelo proprietário da casa  naquela janela. Mas não importa, pois logo adotamos como nossa amiga e sempre que passávamos por ali acenávamos como fosse para alguém que nos queria bem. Longe de casa a muito tempo, e seguindo exemplo do BBB Bambam  em que fez amizade com uma vassoura chamada Maria Eugenia tratamos de achar um nome para a linda donzela sempre presente na janela. Simplesmente Gertrudez! Nossa amiga da janela do solar.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Páscoa longe de casa!

Foto - Passeio no teleférico com vista da cidade de Caxambu - MG

E os dias se passavam e a data para terminar os trabalhos se distanciava. Realmente tínhamos muita coisa para fazer e com três pessoas era praticamente impossível entregar a fábrica rodando em um mês. Já quase vinte dias em Caxambu, tudo indicava que  iríamos passar a Páscoa por lá. Nossa base, a assistência técnica não nos criava nenhuma expectativa de voltarmos para casa. Ninguém viria nos substituir conforme divulgado durante minha contratação no que diz respeito a ficar no máximo vinte dias fora. Ficamos um pouco abatidos, mas a missão tinha que continuar e eu não estava disposto a abandonar o barco. O pessoal da fábrica foi muito importante para amenizar a distância pois eram muito legais. O Arlindo com seu Gol quadrado reformado e impecável estacionado no pátio da fábrica, nos ajudava no que era preciso para dar suporte aos nossos trabalhos e o Sebastião sempre com o lanche da tarde, pois saco vazio não para em pé. Trabalhei no sábado para não deixar parar as atividades durante o feriado, mas no domingo eu e o Balin fomos visitar um teleférico que saia de dentro do parque em direção a uma montanha com vista para a cidade. Foi um final de semana para tirarmos umas fotos do lugar e tomar umas cervejas Itaipava no restaurante do Dedeco. Deu para constatar que também fazia frio naquele lugar devido a altitude. Tivemos que comprar uns moletons e a noite na cama era obrigatório o uso do cobertor. Um lugar bem parecido com o clima do sul.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Baependi é logo alí!

Durante os trabalhos de montagem dos transportes de garrafas nos deparamos com o número insuficiente de parafusos usados em diferentes aplicações. Na montagem do quadro  elétrico do despaletizador iria precisar de um alicate de aperto para terminal tubular. Diante da distância de Bento Gonçalves, Rio, São Paulo e BH procuramos na cidade mais próxima para encontrar os materiais referidos. Baependi ficava uns vinte minutos de Caxambu e eram parecidas em tamanho, porém, a atividade econômica local em volta da extração e comércio de pedras para revestimento a tornava mais equipada. Tinha um comércio mais diversificado com algumas lojas e uma feira temporária ao ar livre ficando aberta até a noite.Tratamos de procurar o que precisava e voltar em um final de semana para conhecer melhor. Baependi após as missa no final de cada domingo era animada por uma banda de música sertaneja bem no centro da praça onde os "nativos" dançavam como se fosse uma baile ao ar livre. Havia também na praça um buteco chamado Fecha Nunca demostrando a tradição do Mineiro pela preferência dos estabelecimentos onde é servido uma cerveja gelada com um bom petisco regado a muito "papo cabeça". Tive oportunidade de assistir o show da dupla Marlon e Maicon em plena praça com entrada franca em uma das comemorações da cidade."Baependi é logo alí!".

terça-feira, 3 de maio de 2011

Funk da bicicletinha.

Ao som do maldito funk da bicicletinha no celular do meu colega Balin, transcorriam os trabalhos naquela fábrica de envase de água. O pessoal da produção foi muito receptivo com a gente, e muitos já conheciam o Anderson da outra vez que esteve naquela cidade. Mineirada gente boa! Escadinha, Pacotinho, Parente, meu xará Péricles, Arlindo e um camarada muito gente boa que dividia todo o dia seu lanche da tarde comigo. Coisa vista em poucos lugares, pois tinham uma parada para o lanche de manhã e a tarde. O Balin sempre preparava um chimarrão para a gente tomar no meio da manhã. Os mineiros observavam e quando oferecíamos a resposta era "que amargo isso sô!". Costumes de regiões diferentes, mas naquele momento havia uma forma de integração. Almoçávamos no restaurante do Dedeco localizado no pequeno centro da cidade em um calçadão. O almoço por lá era muito bom e culinária mineira é claro. Tinha uma televisão de LCD pendurada na parede para vermos o esporte e o movimento passando no calçadão. Após nos dirigíamos para hotel onde dava para tirar um sono recuperador até as 13:15 ou acessar a internet. Logo descobrimos que tinha uma fonte de água dentro do parque levemente gaseíficada vinda diretamente do solo e passamos a abastecer nosso frigobar com esse tesouro precioso. Um gasto a menos. Entendi então o porquê daquele povo no final da tarde movimentar aquele lugar com suas bicicletas carregadas de garrafas PET. Que privilégio!

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Início dos trabalhos em Caxambu

 

Foto - Deslocamento do hotel para a fábrica.

Após o generoso café da manhã no hotel regado com pão de queijo, broa, ricota e outras coisas tentadoras, atravessamos a quadra para nos apresentarmos ao trabalho. O hotel ficava bem próximo nos facilitando a vida. Um grande parque com trilhas para caminhada, árvores e fontes d'agua abrigava no seu interior um pavilhão onde funcionava o envase d'agua. A produção continuava com maquinário antigo e obsoleto apesar da já estarem com o equipamento novo ja mais de um ano. A missão em primeiro momento era fazer a parte elétrica de um despaletizador de garrafas de vidro. Logo viria o posicionamento do transporte novo de garrafas, posicionamento e ligação da embaladora.Isso seria só o começo pois ainda tinhamos que botar para funcionar duas sopradoras de garrafas PET já posicionadas no ano passado, tubulação de ar, ligação de compressores, ligação de sensores de acúmulo de garrafas no transporte aéreo já instalado também no ano passado. Uma parte final de uns vinte metros do transporte aéreo de garrafas ainda tinha que ser instalado. As enchedoras já estavam posicionadas na mesma sala de envase onde estavam funcionando as antigas, porém precisavam ser ligadas e conectadas com o trasnporte de garrafas. Tinhamos muito trabalho pela frente e no primeiro momento me concentraria na ligação do despaletizador. Teria pela frente a montagem da eletrocalha partindo do armário de comando até os motores do paletizador. Passagem dos cabos, identificação com anilhas conforme o esquema elétrico e colocação dos terminais. As cargas interligadas por cabos consistiam em motores trifásicos, eletroválvulas pneumáticas sensores ópticos e sensores indutivos. Meus dois colegas mecânicos se encarregariam de posicionar o transporte de garrafas e me encher o saco de vez enquando para ajuda-los. Sábado e domingo estariamos comprometidos com o trabalho.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Rumo a Caxambu

Foto - Dentro do "besourão" com hélices
Para chegar a Caxambu tivemos que descer em Guarulhos e pegar um avião taxi aéreo com hélices até Juiz de Fora MG. Nããão! Que coisa barulhenta! Mas o serviço de bordo não perdia para os grandes movidos por turbinas.Tinha lanche e cerveja! Chegando em Juiz de Fora negociamos com um taxista para nos levar pois já era tarde e a viajem de carro não era curta. Levaria umas quatro horas  para se chegar ao circuito das águas. Quase na metade da viajem em uma curva passamos por um buraco e se ouviu um estouro onde fez o carro balançar. Deu para avistar mais carros parados o que nos fez sentir um pouco de medo. Mas ao descer vimos que mais gente teve problemas naquele trecho. Uma enorme cratera danificou nosso carro e mais dois de uma família que iria para um velório de um parente. Um deles estava esperando socorro pois o estepe não estava bom. O nosso carro teve além do pneu furado duas rodas avariadas. Depois de trocado tivemos que seguir com cautela e baixa velocidade pois o carro não era mais o mesmo. Entendi o porque do preço cobrado pelo motora, pois os riscos eram grandes. Chegando já de madrugada era hora descansar pois a viajem foi longa passando pelos dois aviões e uma longa e tumultuada viajem de carro. O hotel era muito bom em um estilo colonial e com uma parte nova. Tinha piscina, academia lavanderia, rede wireless e ficava a uma quadra do parque onde iríamos trabalhar. Era um bom lugar para ficarmos pelos próximos vinte dias. 

sábado, 9 de abril de 2011

Penso logo existo! (René Descartes)

"Penso como vai minha vida
Alimento todos os desejos
Exorcizo as minhas fantasias
Todo mundo tem um pouco de medo da vida
Pra que perder tempo desperdiçando emoções
Grilar com pequenas provocações?
Ataco se isso for preciso
Sou eu quem escolho e faço os meus inimigos
Saudações a quem tem coragem
Aos que tão aqui pra qualquer viagem
Não fique esperando a vida passar tão rápido
A felicidade é um estado imaginário"...
...Referenciando essa canção do Barão Vermelho, traduzo bem a época em que estava viajando a trabalho na montagem de linhas de envase. Seria a última viajem? O curso do meu filho estava chegando ao último ano e não haveria mais motivos para continuar morando na região de Taquara - Três Corôas - Igrejinha. Como faltava uns meses resolvi continuar na lida. Já estava em Bento fazia alguns dias e fui convocado para montar uma linha de envase de água mineral que estava parada a mais de um ano na cidade mineira de Caxambu (ano de eleições). O maquinário até que eu sabia tinha sido adquirido pelo governo do estado de Minas Gerais. Algo até que eu não conseguia entender e não entendo até agora, porque  aquele governo estadual tinha que adquirir maquinário tão caro, e até mesmo manter uma fábrica de água mineral que mal se pagava e com poucos funcionários. Nem vou tentar aqui explicar. Produziam com o maquinário antigo enquanto a nova era instalada por nós. E lá fomos nós, os três mosqueteiros, viajantes do tempo, heróis ou bandidos talvez para a desconhecida cidade de Caxambu. Balin, Anderson e eu já tínhamos viajado juntos e apesar de algumas farpas, com posse das plantas e layouts  sabíamos o que tinha que fazer. Éramos verdadeiros  engenheiros sem diploma. He-he! Menos!


sexta-feira, 1 de abril de 2011

Rumo a Itaúna!

 Foto - Sala envase
Depois de quase um mês trabalhando próximo a Bento Gonçalves chegou a hora de ir para algum ponto do Brasil. Uma linha de envase de água mineral em bombonas foi vendido para Itaúna em Minas Gerais. Mais uma cidade pequena e calma. Movimentada por uma universidade particular e seus estudantes na primeira impressão que tive. Desembarquei em Belo Horizonte e lá uma pessoa da empresa me esperava. Passamos por Betim e chegamos a cidade de Itaúna depois de um duas horas. Lá três colegas da montagem me esperavam e dois deles iriam no outro dia embora. Ficaria o Balin comigo, pois tinha conhecimento e curso técnico na área. Tinha a missão de passar os cabos dos motores do quadro principal até as cargas. Também dessa vez iria ligar os sensores ópticos de acúmulo de garrafas nas esteiras. O hotel onde ficamos hospedados era bom, porém não tinha rede wireles nos impossibiltando de conectar nossos notebooks. Tinhamos que pagar para acessar a rede em apenas um PC em uma sala reservada, o que me deixava chateado, pois em outro hotéis esse serviço era comum. Era uma missão curta e que pelo que foi passado era apenas a passagem de cabos, ligação, teste de rotação dos motores e ir embora. Ao final de uma semana tudo estava quase concluído faltando apenas dois micros fim de curso que controlovam a elevação de dois motores no fim da esteira. A altura era regulável conforme o caminhão que carregava as garrafas. Faltava chumbar e posicionar todo esse aparato e levaria uns quatro dias. Tratamos de pedir as passagens de volta para casa e deixar para o pessoal que viria para iniciar a linha concluir a última etapa referida. Tudo foi argumentado com o nosso gerente por celular o qual nos autorizou a voltar para casa.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Prestando contas!

Hora de me apresentar novamente na empresa em Bento Gonçalves. Com posse das notas de despesa de viajem iria até o departamento de assistencia técnica para o qual eu me reportava para fazer os acertos. A oficina da elétrica estava a mesma, com o pessoal "bulinando" o querido Andy e vários quadros eletricos para montar. Era o setor mais animado do mundo e a cafeteira no corredor dos fundos sempre secreta e a disposição. Tratei logo de me reintegrar a equipe empunhando furadeira e fazendo os furos nos quadros para montagem de IHM e botões de comando. Naquela semana o Jaja marcou uma janta com a turma em Bento na casa do Zézinho onde degustamos um bifão no disco de arado com pãozinho e salada de tomate regado a muita cerveja. Um tal de Pito que já tinha trabalhado na empresa foi convidado e realmente confirmava a fama de ser um cara engraçado. Voltei tarde para casa e de Bento a Caxias de moto naquela noite era uma aventura. Minha vida ultimamente tem sido uma aventura.

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terça-feira, 29 de março de 2011

Eu voltei!

De volta ao Rio Grande do Sul depois de vinte dias não via a hora de matar a saudades da Sílvia, Moni e Marcelo em Taquara. Exilados naquela pequena cidade por força do curso técnico do Marcelo. Fiquei uma semana com eles e a despedida era sempre dolorida. Aproveitamos e fomos almoçar fora no domingo. Estava começando a pensar em deixar de viajar. Minha moto estava em Caxias e teria que busca-la para voltar a rotina de idas e vindas diárias entre Bento e Caxias esperando novamente para me mandarem para algum lugar do Brasil. Após uma semana peguei o ônibus partindo de Taquara, passando por Gramado, Nova Petrópolis e chegando em Caxias. Dia chuvoso e de reflexão dentro do ônibus sobre minha vida. Como tinha chegado até aqui viajando o Brasil? Porque fui demitido juntamente com meus dois colegas de supervisão da cervejaria? Logo após e ainda na época da crise foi contratado mais duas pessoas para a área. Se era por falta do curso superior, como meu gestor não sabia que eu estava estudando se faltava pouco para me formar?(Pura bruxaria!) Até quando continuaria a viajar? Porque nenhum dos lugares para onde mandei meu currículo na área de gestão de produção não me chamavam? Era hora de encarar mais uma vez o inverno que estava chegando.

MG quem te conheçe não esquece jamais.

Com os trabalhos de montagem do transporte de garrafas, transporte de pacotes, e posicionamento de maquinas concluídos era chegada a hora de ir embora depois de vinte dias. Muitos amigos vão ficar em Cataguases, amigos da manutenção da fábrica de sucos de Astolfo e o Marcelo taxista. Teríamos umas quatro horas até o Rio para pegar o avião até Porto Alegre. Mas ao contrário do conforto da vinda em um Corola, a volta foi apertada e desagradável em um Gol 1.0 em que o motorista, um funcionário da fábrica resolveu levar a mulher para passear e eu e meus colegas ficamos socados em três no banco de trás com aquele calor. Nem tudo é rosas e nessa hora o eletrícista precisa ter rusticidade. Ha-ha! Minhas pernas endureceram e o calor a medida que chegávamos perto do Rio aumentava. Para completar o motora se perdeu no Rio causando um atraso e quase nos fazendo perder o avião de volta para casa. Mas tudo correu bem e mais uma missão foi cumprida nos deixando uma boa impressão de uma cidade com gente muito boa, seus bares com música ao vivo e a simplicidade. Estava até acostumando com o trem que passava todo o dia em frente ao hotel. Minas Gerais quem te conhece não esquece jamais!

quarta-feira, 16 de março de 2011

Dona Euzébia

Cataguases, Astolfo Dutra, Dona Euzébia, Leopoldina, Muriaé, Muriaí e o pulso ainda pulsa. He, he! Pequenas cidades do sul de Minas, muito próximas, muito peculiares mas longe demais das capitais. Cidades com um povo de hábitos simples que não estão nem aí para o relógio e que ainda escutam o apito do trem e comem o delicioso pão de queijo no café da manhã. Na semana final tivemos a oportunidade de acompanhar o carnaval em Cataguases, atrás de um carro de som muito parecido com os do trio elétrico do nordeste. Um carnaval animado com gente brincando com aquela inocência do interior, homens vestidos de mulheres e mulheres de pijama e fantasias. Apesar da folia tinhamos que acordar cedo no outro dia, pois os trabalhos já estavam na reta final. Esqueci de levar uns prensa-cabos usados nos motores e deixaria alguns para a equipe de start da linha ligar. Nessas cidades do interior era uma dificuldade até para achar parafusos. Tinha que vir tudo do sul ou Rio e São Paulo. Mas aquela noite de carnaval fez bem a todos, pois a distância de casa e a saudade foi amenizada com a folia e as amizades feitas. "Nosso carnaval é eternamente diário. Nós vestimos e vivemos fantasias a vida inteira. Nossa imaginação voraz está faminta. Querendo mais dos absurdos, delírios e sonhos que tornam-se a cada dia mais essenciais e reais." Capa do disco Carnaval do Barão Vermelho 1988.

domingo, 13 de março de 2011

Motores do aéreo.

Foto - Eu e parte do transporte aéreo montado.

Um outro problema que tive foi durante a fixação dos motores ventiladores do aéreo, pois a furação não estava coincidindo. Tive que refurar vários deles e deixar o furo oval para poder jogar para um lado e poder introduzir o parafuso sextavado. Falta de padronização talvez...
...enfim, nessas horas não adianta lamentar e o negócio é usar da criatividade e talento para resolver os problemas estando a mais de 2000 Km de casa.

domingo, 6 de março de 2011

Problemas no aéreo!

Foto - Pequeno trecho de transporte feito pela equipe para solucionar problema.

Depois de posicionar a pesada enchedora com paleteiras em uma sala toda fechada para o envase, era a vez da montagem do transporte aéreo. Com plantas e layout na mão nos referenciávamos naquela antiga usina de álcool. O transporte aéreo da rotuladora até a enchedora era muito parecido com uma montanha russa, porém em um determinado ponto não fechou as medidas com as do desenho. Era tudo montado em blocos e ficou um espaço vazio que não fechava. Precisávamos de alguém com habilidade em solda para fabricar um trecho de aéreo de aproximadamente 40 cm para preencher o espaço causado pelo erro de projeto. O cara era o Anderson, pois em outras situações já tinha demonstrado essa habilidade. Cortou um pedaço de um módulo de aéreo que iria ser instalado em outra unidade da fábrica e soldou as chapas perfuradas em forma "u" para a fixação do mesmo viabilizando o fim da montagem do transporte. Tudo parecia bem, porém ao tentarmos posicionar a embaladora deparamos com um problema. Não passou pela porta de entrada que era muito baixa. Os painéis de comando ficavam em cima da maquina deixando uma altura indesejável para atravessar a porta. Tive que entrar em cena e desligar todos os fios com cuidado na identificação dos mesmos para religar. O quadro foi retirado possibilitando a operação. Após esses contratempos se sucedeu o posicionamento do quadro principal com os inversores de frequência do transporte, montagem das eletrocalhas, passagem dos cabos 4 x 2,5mm e ligação dos mesmos aos motores. Também a fixação dos sensores, cabos e ligação dos mesmos. Tudo obedecendo a identificação proposta nos esquemas elétricos com anilhas numeradas e terminais tubulares 2,5 mm.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Início dos trabalhos no envase de suco.

No primeiro dia acordamos cedo e tomamos um bom café no hotel em Cataguases onde nos esperava um motorista chamado Marcelo que morava em Astolfo. Gente muito boa que me fazia lembrar o Nerso da Capitinga. Complementava sua renda de taxista com uma lan house e uns produtos do Paraguai. Logo negociamos com ele uns mouses para nossos notes. Ao chegar na fábrica em Astolfo nos deparamos com uma antiga usina de álcool que foi adquirida por um empresário e teria seu espaço físico adaptado para uma fábrica envasadora de sucos. Já funcionava lá a parte de beneficiamento da polpa e envase em latões para exportação. Cabia a nós montar e posicionar a enchedora, montar transporte aéreo, transporte de garrafas, embaladora e paletizador. Logo começamos as medições com a trena nas salas fazendo a conferência com as plantas impressas que nos foram dadas em Bento. Para variar sempre tinha uma modificação. A rotuladora era por conta de outra empresa, mas do mesmo grupo onde trabalhávamos. Viria outro pessoal. Logo fomos apresentados ao poderoso dono da fábrica que nos cobrava o prazo de entrega, mas sempre tinha uma piada na manga para nos fazer rir todo o dia. O pai dele era um velhinho muito amistoso e que chamava a atenção por estar todo dia de manhã na fábrica sentado em um banquinho e tirando os pregos com martelo e pé de cabra das madeiras que envolviam o maquinário. Que disposição! Gente muito boa!

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Rumo a Cataguases MG

Foto - No caminho para Teresópolis em um restaurante na serra, atrás a famosa montanha com o nome "dedo de Deus".

Depois de quase um mês trabalhando próximo a Bento Gonçalves chegou a hora de ir para algum ponto do Brasil. Uma linha de envase de suco foi vendido para Astolfo Dutra em Minas Gerais. Mais uma cidade pequena e calma. Desembarquei acompanhado dos parceiros Anderson e Balin no aeroporto do Galeão no Rio de Janeiro. Lá um motorista da empresa nos esperava. Para chegar ao destino referido iriamos tomar uma rota que passaria por Teresópolis na região serrana do Rio e atravessariamos a fronteira com Minas chegando em Cataguases onde iriamos ficar hospedados. Cataguases ficava uns 10 km de Astolfo onde ficava o local da montagem e era um cidade pequena, mas bem maior que Astolfo. Descobrimos logo que na frente do hotel teriamos algo bem diferente para se observar. Um trêm que passava todo o dia na frente carregando minério. A noite também era marcada por uma passagem dele de madrugada com o som de uma forte buzina. Nãããão! Mas o hotel era bom com piscina no terraço e rede wireless para nos comunicar com o sul com nossos notebooks. Mundo pequeno! Acabei encontrando durante a janta no hotel um colega de Bento Gonçalves dos meus tempos de estudante de engenharia mecânica. Ele se formou e estava representando naquela região do Brasil uma empresa de Bento que fabricava motoredutores. Bem aventurado!

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Voltei Rio Grande!

Voltei Rio Grande, foi a saudade que me trouxe pelo braço...
...com essa adaptação de Voltei Recife cantada por Alceu Valença exalto minha volta ao Rio Grande do Sul depois de quarenta dias em João Pessoa. Fiquei um pouco com a Sílvia e a gurizada em Taquara por uns dias para matar a saudade. O Marcelo seguia com o curso de eletrônica e por isso seguíamos morando naquela região. No dia que me apresentei em Bento saí de madrugada de moto para chegar umas sete da manhã e fazia muito frio, em torno de uns 3º C. Nada mal para quem estava se acostumando com o calor da Paraíba. Lá revi meus colegas da elétrica onde permaneci por uns dias ajudando a montar uns quadros de comando e ligando motores na área de montagem das maquinas para testes. Tinha que prestar minhas contas com a assistência técnica onde apresentava as notas com despesas de viagem e o relatório das minhas horas. Trabalhava com o sistema de banco de horas onde cada hora extra era convertida em folga possibilitando minha permanência por uns dias em Taquara. Havia uma vinícola la em Bento que estava adquirindo uma linha de envase em vidro na qual fui requisitado para fazer a parte elétrica. Isso me daria uns dias de permanência no sul mantendo a rotina dormindo em Caxias, trabalhando em Bento e aos finais de semana em Taquara. Voltava a parceria com a La Querendona, minha moto 250 cc.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Adeus João Pessoa!

Já montado o transporte aéreo de garrafas, esteiras transportadoras , enchedora e paletizador, era chegada a hora do "ajuste fino" com a chegada do reforço do mestre Jajá e o programador Títi. Já com quase após um mês eles chegaram e já montada as eletrocalhas e passado os cabos do quadro pincipal até os motores das esteiras transportadoras e transporte aéreo faltava a parte de comando e automação. O trajeto era longo e tivemos que usar caixas de passagens em lugares estratégicos, pois os cabos dos sensores não tinham comprimento suficiente. O Jája ficou mais com a parte de automação coordenando a passagem de cabos dos sensores e programação dos inversores. O Títi sempre com seu notebook na mão e muito concentrado acertando o programa para rodar as máquinas. Era chegada a hora de ir embora de João pessoa, pois tudo estava montado e o pessoal do "ajuste fino" iria se encarregar encerrar os trabalhos. No último dia ajudamos a turma na soldagem de umas peças do transporte aéreo e como era por apenas uns minutos foi sem máscara de proteção. Erro primário. A noite já com passagens compradas os olhos começaram a doer por causa da irritação causada pela exposição a solda. Tanto eu como a do meu parceiro Marcelo começamos a não enxergar nada. Tivemos que ir para o pronto socorro para medicação com pomada e anestésico para os olhos. Graças a Deus nessa hora os amigos Ramon, Ana e Celi lá de JP nos ajudaram dando uma carona até o hospital e depois ao aeroporto. Nunca esquecerei essa ajuda. Tivemos que viajar os dois com um olho enfaixado deixando o pessoal do check-in encucado nos perguntando o que houve. Seriamos terroristas? He-he!

sábado, 8 de janeiro de 2011

Prosseguindo na montagem

Foto - Motor ventilador do transporte aéreo de garrafas PET
Vindo de avião as peças que faltavam pudemos dar continuidade a montagem do transporte aéreo e se abria então uma outra frente de trabalho que era o posicionamento dos quadros de comando e passagem dos cabos partindo do mesmo até os motores ventiladores presos no aéreo que faziam o papel de empurrar as garrafas PET. Eu era responsável por essa área e não eram poucos motores, pois a linha era extensa. Nesse etapa chegou um reforço para nos ajudar no posicionamento das enchedoras. Um camarada bem nativo de Bento Gonçalves com sotaque italiano carregado e jeitão arrogante. Tinha anos de empresa e se achava como líder por direito. Adoro esse tipo de cara pois na primeira oportunidade tinha que dar nos dedos dele para delimitar o meu espaço. Dito e feito, pois na montagem dos quadros nos fez carregar uma enorme e pesada estrutura que serviria de plataforma para os quadros de comando. O trabalho poderia ser feito de uma forma bem segura com empilhadeira e sem botar a coluna de ninguém em risco. Discuti feio com ele e ficamos sem falar durante o resto dos dias que se passaram para finalizar a montagem. Não sei como se cria um tipo desse dentro de uma organização. Mas enfim tive que ser profissional e tocar o meu barco convivendo com as diferenças no decorrer da obra.