quinta-feira, 22 de setembro de 2011

"O Monge e o Eletricista"

Foto - Sala envase


Era chegada a hora do Hondurenho Ruben brilhar, corrigindo falhas e ajustando a passagem de garrafas pela enchedora na sala de envase. Sempre concentrado e com o seu portunhol comentando que "Don Arthur não me contesta in telefono". As garrafas PET compradas já sopradas eram colocadas na linha manualmente pela equipe de produção. Já não se fazia mais necessária a presença do Anderson e Balin e ambos tomaram rumo de volta para Bento. Balin poderia tratar de seu dedão polegar do pé, pois em cada cidade que trabalhava deixava um pedaço na calçada quando andava de chinelo de dedo. Sujeito desastrado, mas ia sentir falta do chimarrão preparado por ele todas as manhãs. Meu trabalho agora seria instalar os sensores de acûmulo de garrafas no transporte aéreo de garrafas saindo da sopradora e ligar alguns periféricos da mesma como o elevador de preformas e os compressores 40 bar. As sopradoras eram diferentes das que eu conhecia nos tempos em que fazia parte da produção. Eram lineares e de baixa produtividade, mas para aquela demanda era o suficiente. Nessa etapa contavamos com mais um "mago" vindo de Bento. O Álvaro com seus anos de experiência com instalação de maquinas de envase de bebidas. Já tinha ido para diversos lugares do Brasil e para fora do País para instalar maquinas. Mais um "monge", concentrado, sério e disciplinado para agregar seu talento àquele trabalho. Estava chegando perto de ir embora, muita coisa havia sido feita e a linha de envase mesmo com abastecimento manualmente com garrafas já estava produzindo. As vezes ficava olhando para a tela da cerca entre a empresa e uma fonte do parque pensando nos momentos vividos até alí. "Nada é por acaso..." ...Caxambu por acaso.