segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Tambaú

Foto - Praia de Tambaú em JP.

Os dias se passavam e a rotina do trabalho nos causava muito cansasso, porém perseguiamos o objetivo procurando progredir na montagem do transporte aéreo de garrafas. Chegamos em um ponto em que os pés de sustentação do transporte de garrafas não batiam com o do projeto descritivo feito no CAD. Divergiu na altura nos impossibilitando de ir a frente. Outro fator que nos obrigou a dar uma interrompida nos trabalhos foi o pessoal do piso que no local realizavam seus trabalhos levantando muita poeira e ocupando a área de montagem. Voltamos para o hotel e estando um sol daqueles aproveitamos para conhecer a praia de Tambaú que ficava duas quadras do Hotel. Uma praia linda com coqueiros, quiosques com música ao vivo e calçadão para caminhada. O dia estava lindo e convidativo para um banho de mar com uma água de temperatura bem diferente do mar lá no sul. Logo a noite jantávamos em uma praça de alimentação ao ar livre com várias bancas onde serviam tapióca, pratos feitos e até macarrão em uma banca de uma gaúcha que morava a anos em João Pessoa. Era mais barato que comer no hotel e a comida era muito boa. O artesanato local era rico e lá conheçemos a feirinha de Tambaú com esculturas em madeiras, camisas personalizadas, roupas em linho, redes e cachaça da região. Após a janta eu e Marcelo meu colega sempre dávamos uma caminhada pela orla e o movimento de pessoas até as vinte e três horas da noite era grande. Em uma dessa caminhadas passamos em frente ao famoso forró KS. Bem perto do hotel onde estávamos hospedados.

domingo, 28 de novembro de 2010

Povo Paraibano

Ainda referenciando as pessoas que conheci durante minha estadia em João Pessoa conto uma situação muito legal em que um dos colegas da empresa de apoio chamado Gilberto perguntou se eu conhecia caju. Prontamente respondi que só conhecia o suco. No outro dia ele teve a gentileza de trazer alguns para provar. Provei e gostei, cuidando para não comer a castanha a qual tem o gosto travoso quando in natura. O que sobrou ainda aproveitei para tomar em forma de caipirinha com uma gostosa cachaça local chamada de Volúpia preparada por um garçom muito camarada do hotel.Na fábrica todo dia era saudado por um dos integrantes da produção chamado Guilherme. Ô Gaúcho! Era inconfundivel. Um cara muito legal e samaritano que nos trazia água em momentos de muito suor no trabalho em meio ao barulho e a poeira produzida pelo pessoal do polimento do piso de concreto. A Cris do laboratório foi uma pessoa muito legal pois nos intervalos do almoço trocavamos "figurinhas" sobre envase de bebidas. Me identifiquei muito com ela, pois ela era engenheira química e sobreviveu a todos os cálculos e físicas para chegar onde chegou. Não me formei mas passei todos essas etapas da engenharia mecânica. Ainda prometi para ela um material sobre boas práticas de fábricação que guardei das minhas épocas de supervisão. Ainda exaltando a simpatia desse povo tivemos a oportunidade de provar uma buxada de bode preparada por uma tia de um dos colegas da equipe de apoio. Durante a volta para o hotel paramos perto da casa dele e dentro de um recipiente plástico nos foi entregue a tal iguária. No hotel a saboreamos com um arroz branco.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Início dos trabalhos

Curtindo um "Forró Muído" apelidado carinhosamente por mim de "Fórro Miúdo" partimos de taxi do hotel para a fábrica que nos esperava para o início da montagem da nova linha de envase de água mineral. Chegando lá nos deparamos com parte das máquinas ainda encaixotadas pois era muita coisa para o nosso colega que tinha ido antes. As caixas eram de madeira e envolvia um veradeiro trabalho de carpintaria com auxilio de pé de cabra e martelo para realizar o trabalho gerando um grande reziduo que tinha que ser removido da área. Também nos encontramos com uma equipe auxiliar composta por quatro pessoas de uma prestadora de serviços lá de João Pessoa. Durante todo o tempo foram de grande ajuda, pois o trabalho envolvia levantamento de peças pesadas, soldagem e outros serviços de apoio. Logo nos deparamos com erro de projeto na fixação do transporte aéreo em uma estrutura metálica dos silos de garrafas onde tivemos que improvisar. O erro de projeto esteve sempre presente nas nossas missões, reflexo de que alguma coisa andava mal na engenharia. O calor era intenso nos fazendo pedir durante várias vezes ao dia um refrigerante gelado tirado logo na saída da enchedora para matar a sede. Uma linha de produção ainda funcionava e o pessoal de fábrica era muito legal e sensível a essa situação. Logo nos ambientamos com o pessoal da fábrica e equipe de apoio, sendo de sotaques diferentes, mas ambos trocando relatos de sua terra e costumes resultando numa verdadeira integração de culturas. O primeiro dia foi muito cansativo e quando iamos embora já era noite e mais uma vez o forró comia solto no DVD do táxi do Rogério cruzando no meio do canavial que ficava no caminho da fábrica.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Destino João Pessoa - PB

Foto - Espera pelo táxi de manhã em frente ao hotel para ir para a fábrica
O gerente da assistencia técnica mandou me chamar na sala dele e lá me encontrei com Marcelo, um colega que entrou comigo e faria a parte mecãnica da montagem. Lá ele mostrou o desenho feito em CAD sobre a mesa apontando os ponto da montagem e o cronôgrama de trabalho. Falou também que um outro colega, Anderson já nos esperaria ém João Pessoa pois tinha ido um pouco antes para abrir as caixas onde as maquinas aviam sido acondicionadas. Marcelo dividiria o quarto comigo no hotel e o Andersom por ser o líder e mais antigo na empresa ficaria sozinho. Andersom, ja tinha participado em outras montagens e por isso tinha a confiança do gerente para liderar a montagem prevista para durar uns vinte dias. Apesar de ser o mais jovem do trio a experiência e tempo de empresa lhe conferiam esse cargo. Taxi vindo de Bento com o Marcelo me buscaria de madrugada em Caxias rumo a Porto Alegre onde pegariamos o avião. Madrugada friazinha que me fez vestir um agasalho e que mais tarde com certeza teria que tirar em pleno calor de João Pessoa. Diversidades climáticas de um país enorme como o Brasil. Chegamos a tarde em JP depois de uma escala em São Paulo para troca de avião no aeroporto de Guarulhos. Fazia calor como esperado e lá um táxi nos esperava para nos levar para o hotel. O taxista se chamava Rogério e se mostrava muito prestativo falando sobre a cidade e seus pontos turísticos os quais teriamos pouco tempo para ver já que estavamos a trabalho. Tinha um DVD no taxi que só rodava forró. Na Paraíba se respira forró, pois era o que rodava nas rádios e nos bares da orla. O hotel em que ficamos hospedados durante quarenta dias ficava duas quadras da praia de Tambaú.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Pronto para decolar

Após aproximadamente uns vinte dias dentro da fábrica fomos convocados para uma instalação de linha de envase em um grande grupo na Paraíba. Foram dias preciosos dentro da fábrica em Bento onde se teve contato com a montagem dos quadros elétricos que eu iria instalar nas viagens e a montagem e teste dos equipamentos. Aliás a área de montagem ocupava um pavilhão enorme para comportar todo maquinário a ser testado. Não eram poupados recursos havendo sistema kanbam para parafusos de diversos diametros em aço inox, bem como ferramentas, machos e brocas fornecidos pela ferramentaria. Os setores eram facinantes, usinagem com várias máquinas CNC, corte de chapas a lazer, jato de areia, soldagem e a reforma. Quase tudo era fábricado ali para se poder montar as enchedoras, embaladoras, transporte de garrafas e paletizadoras. Uma empresa sólida e construída com muito esforço por seus fundadores. Enfim representando a empresa fabricante de máquinas era chegada a hora de botarmos as mesmas que foram vendidas a funcionar satisfazendo as necessidades do cliente que ficava do outro lado do Brasil. Era hora de retornar a andar de avião depois de algum tempo, pois fazia uns quinze anos que não voava. A última tinha sido entre Porto Velho e Manaus na aventura interrompida de Fusca rumo a amazônia referenciada em outra postagem.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Pujante Bento Gonçalves

Foto - Trem turístico, pórtico em formato de pipa, brinde em vinícola, chafariz de vinho no centro de Bento. Duca, Sílvia e eu.
Essa cidade merece uma postagem só para ela, pois me abrigou por quase um ano quando mudei de emprego e voltei a trabalhar em Caxias. Bento é uma cidade que pulsa, industrializada em diversos setores e com a população não chegando a metade de Caxias do Sul. Lá tem fábricação de maquinas, móveis, alimentos, vinhos e muito mais. Isso a faz um lugar cheio de oportunidades apesar do seu alto custo de vida. Lá também acontece a Fenavinho com empresas expondo seus produtos em diversos segmentos. Lá se encontra o Vale dos Vinhedos, uma localidade com vinicolas produtoras de bons vinhos e com portas abertas aos turistas. Tem também o passeio de trem passando por Carlos Barbosa, Garibaldi e entretenimento garantido. Por se localizar na Serra Gaúcha a maior parte do ano faz frio e o guarda roupa tem que ter opções para se proteger do frio. O povo de Bento ainda conserva bem os traços da colonização italiana e até bem mais que Caxias. O sotaque é bem carregado e até cheguei a ouvir várias vezes algumas pessoas conversando entre si no dialeto veneto na empresa em que trabalhei. Tive o prazer de levar meu irmão Duca que mora em Curitiba para fazer um passeio por Bento e apreciar alguns vinhos.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

A volta para a elétrica.

Foto - Um dos quadros de comando montados na elétrica
Depois de um tempo adormecido volto a escrever novamente aqui no blog. Muita coisa está mudando na minha vida. Parei de escrever no blog na minha volta para serra trabalhando em Bento Gonçalves e viajando pelo Brasil. Pois bem no primeiro dia de empresa me apresentaram a um eletricista chefe que também viajava muito e era um cara muito legal comigo. Ele não era bem um gestor dentro da oficina elétrica e estava mais para um consultor, como alguém com muita experiência para passar para a turma jovem de eletricistas. Tinha um bom controle de materiais usados no dia a dia. O setor da elétrica era composto por outros quatro jovens dentre os quais um se destacava pela desenvoltura, liderança e conhecimento com materiais elétricos pois já tinha trabalhado em uma grande loja em Bento. Nenhum deles tinha curso técnico, porém tinham passado por cursos qualificantes do SENAI e dois deles faziam engenharia eletrica em uma universidade local durante a noite. A oficina elétrica era uma sala de aproximadamente desesseis metros quadrados contando com um bom ferramental e um corredor com materiais usados para montagem de quadros. Lá participei de várias montagens de quadro de comando furando painéis, fazendo roscas, cortando fios, identificando-os com anilhas numeradas, aplicando terminais e outras atividades relacionadas. Tinhamos um clima bem descontraído com um ótimo ambiente de trabalho. No corredor do estoque tinha até uma cafeteira comprada em sociedade para abastecer-nos em dias de muito frio. A empresa também oferecia aos funcionários um café da manhã que eu pegava as sete horas. Acordava as cinco e meia na casa dos meus pais e saia as seis para poder chegar no horário, afinal eram pouco mais de quarenta quilometros de Caxias até Bento. Sempre lembrando a bordo da minha fiel moto "la querendona".

sábado, 4 de setembro de 2010

Voltando para a serra

Depois de insistir várias vezes junto a coordenadoria regional de educação para poder dar aula em alguma disciplina de exatas surge uma vaga em uma escola em Novo Hamburgo. Cidade que ficava uns 30 km de onde morava. Realizei pelo menos duas incrições em dois editais. Corri atrás da documentação necessária porém, na mesma época uma empresa de Bento Gonçalves, a qual tinha mandado um currículo me chamara para uma entrevista. Estava com duas oportunidades na mão depois de seis mêses de procura e tinha que fazer uma escolha. Optei pelos benefícios trabalhistas como FGTS, férias remuneradas e décimo terceiro a qual o estado não me ofereceria como professor. Fui então até Bento Gonçalves de moto fazer uma entrevista em um dia frio e com muita neblina na serra gaúcha. Era o começo do retorno a uma terra onde vivi por muitos anos. Chegando lá fui recebido por um gerente do setor de assistencia técnica da empresa. O ramo era de fabricação de maquinas para envase de bebidas e a minha função seria de eletricista para viajar pelo Brasil fazendo a parte elétrica das instalações dos equipamentos. Apesar da empolgação alguns sacrificios seriam feitos como ficar distante da minha família, pois teriam que morar na região do Vale do Paranhana até o "gurí" se formar.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Dias de luta!

Foto - Enchente em Três Coroas
E agora eu me encontrava ali em uma cidade pequena desempregado com minha família e com a missão de reverter o quadro. Minha primeira ação foi me dedicar a procurar emprego pela região do Vale do Paranhana e Vale dos Sinos para ficar perto da família, pois meu filho ainda tinha que concluir o último ano do segundo grau e o curso técnico em eletronica em uma escola estadual. Mandei currículo para várias fábricas do setor calçadista na área de gestão da produção, como supervisor ou analista. Também mandei para uma metalurgica que fabricava componentes para calçados, mas ninguém me chamava. Também fazia contatos por telefone mas nada retornava positivamente. Meu casamento também não ia bem pois brigava muito com minha mulher. Ela foi muito companheira arranjando um emprego de atendente de padaria em um supermercado da cidade. Nesse periodo ainda escapamos por um triz de uma inundação em época de chuva. Minha filha de onze anos ia de bicicleta para a escola pois a cidade favorecia o referido transporte com uma ciclovia na avenida principal. O tempo ia passando e eu lutava contra ele para sobreviver naquele local pelo menos até o "gurí" se formar. Me ocorreu que por ter cursado até o quinto semestre eu poderia dar aula no contrato emergêncial do estado em alguma matéria de exatas (matemática, física e outras). Ficava atento aos editais do site da secretaria de educação e ia várias vezes até acidade de São Leopoldo que ficava uns 40 km abaixo de sol, chuva e frio a bordo da "La querendona", minha fiel motocicleta 250 cc.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

A demissão!

...logo após os dois colegas se dirigirem para o "abate", chegou a minha vez. Um dos coordenadores que aliás não nunca me aspirou confiança me convidou para ir a sala dos gerentes. Chegando lá o gerente do envase, gerente geral da unidade e mais um dos coordenadores me esperavam com um discurso pronto. Crise, redução de quadro, baixa no consumo e outros blas-blas-blas. A promessa de me chamarem de novo em caso de melhora no quadro (promessas demais). Quem fez essa promessa não continuou mais na empresa, pois fiquei sabendo que tempos depois foi a vez dele. Alguns acontecimentos me fizeram conjecturar explicações para o ocorrido. Não era interesse dos dois coordenadores que eu e os colegas demitidos ficassem na empresa, pois eramos estudantes de curso superior em um bom andamento, quase com perfil de cargo desejado para ocupar futuras posições de gerência de unidades cervejeiras. O gerente de envase veio de fora e nunca nem sequer avaliou ninguém parecendo até querer colocar um time renovado constituido talvez por pessoas das empresas por onde trabalhou. Outra coisa que me incomodou foi a contratação de uma pessoa para integrar o time de gestão faltando pouco para nos demitirem confirmando a hipotese da tal renovação. E o que me deixou mais decepcionado foi o fato de o gerente nem saber direito meu perfil de cargo me confortando com um incentivo dizendo que já que eu tinha duas graduações eu não ia me apertar para arranjar outro emprego. Ora, faltavam ainda uns dois anos para me formar em Engenharia de Produção enquanto que os dois coordenadores, um ainda estava começando a mesma graduação e o outro contava que tinha umas cadeiras cursadas em São Paulo e que não foram aproveitadas aqui nas faculdades do estado (extranho).
Enfim não adiantava questionar muito e sim aceitar os fatos e partir para o novo cenário.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Tempos de Crise

Para você que acessa meu blog agora, estou contando minha historia em uma indústria de envase de bebidas, bem como a minha participação na metodologia TPM adotada pela mesma. Tudo ia bem, e eu todos os dias continuava indo de moto para o trabalho, pois morava em uma cidade vizinha que ficava uns quinze quilometros da fábrica. Quando chovia tirava o carro da garagem. A empresa fornecia transporte com um ônibus fretado de uma empresa terceira, porém muitas vezes eu não tinha hora para saír me obrigando a usar trasnporte próprio. Um certo dia, tirei uma folga e procurei uma casa mais próxima da fábrica, pois tinha um gasto de combustível e sem falar no perigo que se corria indo de moto até a fábrica. Consegui uma casa muito antiga, mas reformada no estilo colonial alemão que pertenceu aos primeiros moradores da região. Ela ficava uns quize minutos da fábrica. Tudo ia muito bem até eclodir a maldita crise nos EUA. Muitos setores da econômia tivera uma retração. Muito bem, ao chegar um belo dia na fábrica vi meus dois colegas de supervisão de produção que estavam saindo do turno da madrugada serem chamados para falar com a gerência em um pavimento superior percorrendo uma passarela onde se podia ver toda a fábrica. O pior estava para acontecer...

sábado, 10 de julho de 2010

Etapa 7 - Consolidação dos resultados

Cabe nessa etapa aplicar medidas para prevenir recorrência do problema e para garantir a efetividade dos resultados ao longo do tempo. Estabelecer padrões, revisar procedimentos e elaborar registros do tipo antes e depois no quadro de atividades do time para cada melhoria implementada. Divulgar o caso de melhoria na empresa e se for do entendimento da gerência, pilar ME e comissão avaliadora do TPM os resultados obtidos não serem satisfatórios volta-se ao início do ciclo.

Etapa 6 - Verificação dos resultados


Figura - Gráfico perda de xarope composto

A partir da formação do time de controle de perdas de BC e a implantação do CEP, deu início ao acompanhamento mensal onde é constatado o comportamento da perda abaixo do eixo da abscissa e rendimento acima. Constata-se um rendimento no mês de outubro e fevereiro e uma variação de perda nos outros meses atribuídas a falta de volume de produção de 2000 ml. Gráfico gerado no Excel com dados do sistema SAP.

Etapa 5 - Implantação das ações

É elaborada a planilha CEP e apresentada em reunião para os operadores de mixer com treinamento ensinando como preenche-la. O registro do treinamento é feito junto ao pilar ET ( Educação e Treinamento) do TPM. As planilhas no formato de arquivo Excel ficam a disposição do operador de mixer no computador próximo a sala de envase. Sempre antes de iniciar a produção o mesmo fica incumbido de imprimi-la ficando em um lugar visível ao alcance de todos os interessados. Ao final de cada lote as planilhas são recolhidas e entregues ao representante do time de perda de BC onde são digitadas as informações no Excel para interpretação dos valores registrados.

sábado, 26 de junho de 2010

Grau Brix ( °Brix)

Foto - Densímetro portátil
A variável Brix analisada no combate a perda de xarope BC tem por definição a pocentagem em peso de sacarose ou a quantidade de sólidos solúveis totais presentes em um determinado volume de solução aquosa. A bebida é envasada em garrafas PET e para cada sabor é especificado o Brix conforme proporção de xarope acabado e água tratada. Geralmente uma parte de xarope e cinco partes de água. A proporção e o Brix de cada produto é registrada em fórmulas e nos POP's (procedimentos operacionais padronizados). A medição do brix em indústria de bebidas é realizada geralmente em sacarímetro ou densímetro e a acidez, temperatura e o tempo poderão causar aumento do mesmo. A figura acima mostra a medição do Brix com um densímetro portátil onde uma amostra é coletada por um tubo de pequeno diâmetro ao pressionar o embolo com o dedo polegar.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Etapa 4 - Planejamento das ações


A contra medida Implantação de CEP (Controle Estatístico de Processo) foi a que exigiu de minha parte um maior envolvimento por estar mais relacionada ao pessoal da produção com uma adequação ao preenchimento de uma planilha. Realizei várias reuniões com os operadores para poder promover o preenchimento correto dos valores de brix, CO2 , pontos no gráfico com as análises feitas de meia em meia hora. Isso daria uma visão do alvo que os operadores teriam que conduzir a produção sempre observando o LIE (Limite inferior de Especificação) e o LSE (Limite Superior de Especificação). Também geraria um histórico das produções evidenciando o comportamento de variação do Brix por parte do mal funcionamento do mixer e a necessidade de investimentos em melhoria do mesmo ou até mesmo a substituição do equipamento.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Etapa 3 - Análise das causas.

Figura - Quadro cauza raiz x contra medida

Nessa etapa a equipe de ME se reune contando com a participação de operadores de mixer para realização de brianstorming e a análise de causa e efeito com a ferramenta 5 porquês para se levantar as seguintes causas de perda de BC proveniente daquela área. O quadro acima trata as causas raíz e contramedidas levantadas nesse encontro.

Etapa 2 - Inconveniências e disposições imediatas


Foto -Mixer e em detalhe bomba dosadora água-xarope

Após a inspeção de rota partindo dos equipamentos da xaroparia até a sala de envase conferindo tanques, régua de nível, tubulações, medidores de vazão foi feito uma inspeção na planilha de controle de brix, onde é feito o registro das medições de meia em meia hora feito pelo analísta do laboratório. Tal medição é feita retirando amostras no ínicio diretamente do tanque de produto proporcionado no mixer e durante a produção com o produto já envasado retirando garrafas da esteira de tranporte. Foi constatado grandes variações durante o início de produção e em dados momentos comportamento próximo e acima do limite superior de especificação (LSE).

domingo, 13 de junho de 2010

Coleta de dados

Figura - Gráfico perda por embalagem
O gráfico acima coletado do sistema SAP mostra a perda por embalagem nos últimos seis meses antes da criação do time de combate as perdas de BC. Em cima do pior resultado e o melhor resultado foi estabelecida a oportunidade de ganho apurado no histórico de produções anteriores junto ao SAP. Percebe-se que a maior oportunidade de ganho é na embalagem de 2000 ml em virtude ao maior volume de bebida envasada.

Etapa 1 Diagnóstico da situação atual.

Figura - 5W + 1H

Fenômeno: Perda de BC durante a produção referente a coleta de amostra, envio para a linha, mixer e enchedora, visualizados no rendimento do BC (Xarope Composto).

sexta-feira, 26 de março de 2010

CAP-Do

Figura - As 7 etapas do ciclo CAP-Do

Metodologia inserida dentro do TPM visando a eliminação de perdas atráves das atividades de grupos de melhoria.

C (Check) Etapa de verificação cuidadosa do intervalo entre o objetivo e a situação atual.

A (Action) Etapa de ação de análise que identifica todos os problemas potenciais.

P (Plain) Fazer um plano de desenvolvimento,assegurar quem, o que, como e quando.

Do (Fazer) Etapa que realiza a implantação das ações, restauração e melhoramento, através verificação e consolidação dos resultados.



sábado, 20 de março de 2010

Pilar ME

Para quem está acessando o blog, conto aqui minha história dentro do ramo de envase de fabricação de bebidas e em especial minha vivência na metodologia TPM dentro do referido ramo. O blog inicialmente tinha o nome de Diário de um Supervisor, mas achei melhor mudar o nome para Diário do Envase pois não estou mais na função de supervisor de produção. Tive a participação no pilar de melhoria específica "ME" integrando o time de combate a perda de xarope composto. Dentro do pilar ME haviam vários times de melhoria e combate a perdas no processo dentre eles os de gerenciamento de energia, paradas na rotuladora, perda de latas e outros. O time de perda de BC (base composta) ou também chamado por xarope composto era integrado pos pessoas da produção, xaroparia e manutenção. Se entende por BC o xarope constituído pela calda do açucar já misturada com água, suco concentrado e conservantes. O xarope armazenado em tanques de 16000 litros era bombeado para o mixer na sala de envase onde era adicionado partes de água e encaminhado para a enchedora como produto final onde era envasado em garrafas PET. Os tanques ficavam localizados na xaroparia que ficava uns 200 metros da sala de envase. A estatísitca do processo mostrava que o volume preparado nem sempre era convertido em um volume envasado previsto. O grupo se reunia uma vez por semana para avaliar a situação utilizando o ciclo CAP-Do em 7 etapas.

sábado, 13 de março de 2010

Etiquetagem


Figura - Etiquetas usadas na identificação de anomalias.

Logo durante a adesão ao TPM por parte da empresa iniciaram-se os treinamentos para capacitar os integrantes das células aotônomas a identificar anomalias e locais de difícil acesso para realização de limpeza e manutenção nas máquinas. O slogan criado dentro da metodologia TPM "Da minha maquina cuido eu " dava a dimensão do que viria pela frente. No treinamento foi ensinado a criação dos quadros de atividades onde cada célula autônoma teria a responsabilidade do preenchimento correto com a extratificação das etiquetas colocadas durante a semana e bem como o layout das maquina a serem cuidadas e a suas imediações. No layout podia se ter noção da localização das etiquetas colocadas, pois consistia em uma foto ou planta baixa da maquina com alfinetes coloridos simbolizando as mesmas. A extratificação vinha por meio de gráficos de Pareto na qual semanalmente era cobrada a atualização por meio do número informado pelo lider da célula. Esse número era chamado de consolidado e era informado a secretaria do TPM. As etiquetas de cor azul representava anomalias que podiam ser resolviadas pelo operador e as de cor vermelha eram endereçadas a manutenção. Cada célula autônoma tinha um padrinho representante da manutenção que agia como facilitador para resolução das mesmas. Toda etiqueta vermelha gerava uma nota de serviço no sistema SAP no qual se criava o registro de resolução das mesmas.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Pilar Manutenção Autônoma

Figura - Etapas da célula autônoma.
Tive oportunidade de ter mais contato com os dois primeiros pilares, o manutenção autônoma e melhoria específica, pelo fato de estar mais próximo da minha área de atuação que era a supervisão de produção. Foi escolhida pela gerência uma das quatro linhas de produção para ser a piloto na metodologia TPM. Nessa linha foram criadas três celulas de trabalho onde uma seria responsável por enchedora e mixer, a outra rotuladora e embaladora e por fim a terceira célula com sopradora de garrafas e paletizador. As células autonomas formadas por operadores, mecânicos e supervisores de produção tinham que se reunir uma vez por semana para verificar o andamento dos trabalhos e um representante de cada célula também se reunia periodicamente com a gerência para prestar conta de etiquetas pendentes e andamento do cronôgrama. Pelo menos uma vez pro mes a consultoria vinha para auditar as células autônomas para dar a pontuação referente a aplicação dos conceitos do TPM e o andamento dentro do cronograma. As células autônomas teriam pela frente 7 etapas para cumprir:

1. Limpeza Inicial
2. Eliminação de fontes de sujeira e local de difícil acesso.
3. Padrão provisório
4. Inspeção geral dos equipamentos
5. Inspeção geral do processo
6. Sitematizar manutenção autônoma
7. Auto-Gestão



Etapas do TPM

Figura - TPM em 12 etapas
Como qualquer outro projeto de implementação de uma metodologia, havia um cronograma traçado com etapas bem distinguidas para se seguir. Várias reuniões eram agendadas para que se verificase o andamento e as dificuldades do programa. O quadro acima mostra bem para que rumo tinhamos que seguir.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Pilares do TPM

Houve um dia na referida empresa de fabricação e envase de bebidas reservado para um cerimonial para firmar o compromisso por parte da alta gerência com a implantação do TPM. Nesse dia foi montada uma quadra fechada dentro do estoque onde as paredes eram os próprios paletes de produto e o público formado por colaboradores sentados em cadeiras de plástico. Todos os recursos foram usados como datashow e caixas de som para que o evento causase impacto junto aos colaboradores. Foi também montado vários frezers com bebidas e uma mesa com salgadinhos para uma confraternização após evento. No palco falaram gerente geral, coordenadores e representantes dos pilares. Sim, a metodologia era sustentada em oito pilares dos quais a empresa optou por adotar os quatro iniciais.

1. Melhoria Específica
2. Manutenção Autônoma
3. Manutenção Planejada
4. Educação e Treinamento
5. Controle Inicial
6. Manutenção da Qualidade
7. TPM em áreas administrativas
8. Segurança, Higiene e Meio Ambiente

Os líderes dos pilares foram apresentados e cada um teve a oportunidade para falar sobre os trabalhos que viriam pela frente e apresentar os integrantes que iriam formar cada pilar.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

TPM

Para os que acompanham o meu blog ainda conto a minha passagem por uma empresa de fabricação e envase bebidas situada no sul do país, onde conto um pouco de minha experiência profissional como supervisor de produção. Era chegada a hora da implantação do TPM, uma metodologia originária no Japão que visa a eliminação e redução das perdas no contexto máquinas, equipamentos e instalações (ambiente fabríl). É fundamental nessa metodologia o envolvimento de toda a organização, desde o operário à alta direção visando sempre defeito zero, quebra zero e poluição zero.
Dentre tantos significados da sigla TPM segue o que aprendi nessa minha experiência:

T = Total = Total. Eficiência global, ciclo total de vida útil do sistema de
produção, rendimento total das máquinas, provenientes do enfoque de maximização do rendimento operacional global, participação de todos os departamentos;

P = Productive = Produtiva. Busca do limite máximo de eficiência, nível de perda
zero;

M = Maintenance = Manutenção. Manutenção no sentido amplo, ciclo total de
vida útil dos equipamentos.

Todo o treinamento inicial foi conduzido por uma consutoria com base no Brasil mas treinada no Japão.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Assédio Moral.

Infelizmente algumas empresas ainda toleram pessoas que se dizem profissionais praticante desse tipo de agressão. Passei por isso e gostaria de deixar aqui relatado o meu constrangimento na época em que trabalhei em uma empresa de envase de bebidas. Nesse periodo estive sob o comando de dois coordenadores e pude sentir o provalecimento pelo fato de estar no poder. Um deles estudava comigo em uma faculdade, e um belo dia resolveu tirar sarro da minha bolsa ensinuando que ela era de "pedreiro" e que eu como supervisor de uma empresa deveria ter vergonha. Ora, o pedreiro é uma profisão digna como qualquer outra e como ele podia falar aquilo se era coordenador e mal estava frequentando as primeiras cadeiras do curso. Em outra situação o outro coordenador falava mal do meu carro pois era muito velho e eu como supervisor tinha que "ostentar". Isso me revoltava, pois ele como coordenador tendo um perfíl de cargo que deixava a desejar e um salário maior do que o meu vinha me falar isso. Imoral e indecente. Eu seria supervisor com automóvel ou sem, desde que tivesse perfíl para isso e desempenho. Acho que muitos já passaram por isso. Recomendo ser implacável com esse tipo de prática e ao menor deslize destes maus profissionais, tem que ter denúnica anônima ou não. Ex: 0800 de disk denuncias onde algumas empresas adotam esse tipo de canal de comunicação.

Poder da soda como germicida.

Figura - Tabela temperatura x tempo

Desculpem o período longo sem publicar nada, mas andei viajando muito em outra função que desempenho agora. Contarei mais tarde. Quero reforçar aqui os fatores tempo, temperatura e concentração da soda influindo na ação de poder germicida. Exemplo.: Soda a 1,33% , na temperatura de 66°C requer 3 minutos de contato da garrafa de vidro com solução caústica para se ter uma limpeza confiável.
Fonte -Apostila treinamento CIP 2007